LITÍASE RENAL OU CÁLCULO RENAL
Litíase Renal ou Cálculos renais ou “pedras nos rins” é uma das doenças mais frequentes do trato urinário, ocasionando a cólica renal. Ocorre principalmente, no sexo masculino, na proporção de 3 homens para 1 mulher, tendo seu pico de incidência entre os 30 e 50 anos de idade.
A formação de cálculos no trato urinário é uma patologia extremamente comum, que incide em 5 a 15% da população acometendo ambos os sexos mas com maior frequência o masculino.
O cálculo renal pode ser composto de:
- Oxalato de cálcio puro
- Oxalato de cálcio e fosfato
- Fosfato de cálcio puro
- Ácido úrico
- Cistina
Fatores de risco
- Histórico familiar: geralmente quem tem antecedentes familiares com história de calculose renal
- Sexo: é mais frequente em homens do que em mulheres
- Idade: é mais frequente entre os 30 e 50 anos;
- Malformações do trato urinário;
- Alguns medicamentos como os diuréticos
- infecções;
- Cistinúria (desordem congênita que aumenta uma substância na urina que se chama cistina que aumenta a chance de cálculos
- Aumento da eliminação de cálcio, aumento da ingestão de sal, hiperparatireoidismo, hipervitaminose D
O sintoma mais comum da litíase urinária é a dor nas costas, de forte intensidade podendo ter vômitos sem tem uma posição que leve a melhora, muitas das vezes necessitando atendimento no serviço de urgência em pronto socorro.
Sintomas da cólica renal
- Ardência ao urinar;
- Sangue na urina;
- Sensação de bexiga cheia;
- Diarreia;
- Infecções urinárias;
- Suspensão ou diminuição do fluxo de urina.
O local mais comum que os cálculos param é na junção da bexiga com o ureter (tubo que liga o rim a bexiga) ocasionando a dilatação renal, que seria a Hidronefrose. É comum nos exames aparecer estenose de JUP (junção ureteropélvica) se caracteriza pelo estreitamento da junção entre a pelve renal e o ureter. Em decorrência disso, o fluxo natural da urina acaba sendo prejudicado e a urina se acumula no rim, dilatando-o, o que chamamos de hidronefrose. O cateter duplo J consiste em um stent introduzido no canal ureteral com o objetivo de permitir o fluxo adequado da urina do rim para a bexiga.
O diagnóstico diferencial de cólica renal deve incluir pielonefrite aguda, cólica biliar(vesícula)
Diagnóstico:
Havendo suspeita de cálculo renal deve-se realizar exames por imagem para o diagnóstico, podendo ser realizado um raio x simples de abdômen, ultrassonografia do trato urinário, tomografia computadorizada de abdômen ou à radiografia contrastada dos rins (urografia excretora).
Os mais usados hoje são:
- Ultrassom é um dos exames mais usado, nele pode-se avaliar se há dilatação nos rins quando o cálculo é obstrutivo que obstrui a passagem da urina para bexiga. O local mais comum que os cálculos param é na junção da bexiga com o ureter (tubo que liga o rim a bexiga) Ocasionando a Hidronefrose,
- Tomografia Computadorizada sem contraste pode visualizar 99% dos cálculos renais ficando mais fácil o tratamento
Tratamento
- Clínico expectante em 80-90% dos pacientes - Uso de medicações:
- Litotripsia externa por ondas de choque –
- Cirurgias endoscópicas:
- percutâneas –
- ureteroscopia
- Cirurgias convencionais
Litotripsia externa por ondas de choque (LECO): - É um método pouco invasivo - Eficaz para cálculos menores de 2 cm - Realizado de forma ambulatorial - Pode ser realizado com ou sem anestesia - 1ª opção em quase todos os cálculos (renais e ureterais) - Consiste de tratamento externo realizado por uma máquina produtora de ondas de choque, de baixa frequência e alta energia. As ondas são direcionadas através de RX ou ultra-som para o cálculo que será posteriormente, fragmentado e eliminado de forma espontânea
Nefrolitotripsia percutânea: - Método invasivo - Necessita de internação e anestesia - Bastante eficaz - Porém, necessita de aparelhos específicos: sistemas de radioscopia,
Ureterolitotripsia - Método invasivo - Também necessita de internação e anestesia - Bastante eficaz - Também necessita de aparelhos específicos: sistemas de radioscopia, ureteroscópio, endocâmera, - Realizada por via retrógrada (intraureteral), via endoscópica uretral.